quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Meu tudo misturando o meu nada

  Na sintonia de: Joss Stone - Arms of my baby


Ainda sinto arrepios quando vejo algum filme bonito, ainda me sensibilizo com frases, com livros que falam por mim. Ainda me sinto um pouco daquilo que fui, já começo a sentir o que serei. É esse meio termo que me enfraquece e revigora, ele que dá a injeção de ânimos para viver tudo aquilo que não vivi.

Sou a controvérsia lúcida e romantizada, sou lírica e também a realidade que é doce e amarga ao mesmo tempo.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Destino, A Vida

  Na sintonia de: James Blunt - 1973



Eu sonho ir para um mundo cheio de poesia, um mundo cor de felicidade, um planeta em que a união das cores todas viram cor de arco-íris. Sonho ir para o mundo dos sem tristeza, dos que se abastecem de sorrisos, dos que passam tardes fazendo bolinha de chiclete para estourar em suas faces. Dos que pintam nuvens com aquarela. Paris, Nova Iorque, Fernando de Noronha, todas as cidades em uma, todas no embalo de uma só nota – A vida. Passear por aí livres, sem precisar esconder o relógio nas meias, nem desviar o olhar por medo.

Paris, Nova Iorque, Fernando de Noronha, eu sonho ir pro mundo que independentemente do CEP, me ensine a viver com V maiúsculo.

Tudo de Blog.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Só pra saber

  Na sintonia de: The Fray - She is

Difícil de acreditar, mas ainda me magôo com grosserias, ainda fico surpresa com gestos impensados, ainda preciso controlar lágrimas que insistem em cair nas horas impróprias. Ainda acredito no futuro e sinto saudades do passado.

Sou aquela que se preocupa se a janela aberta do ônibus está fazendo muito vento, aquela que na casa dos outros pergunta se pode abrir a geladeira. Aquela que fica surpresa com pessoas que falam mal e que se desmancha em conversas com pessoas inteligentes e verdadeiras.

Ainda acredito no amanhã.

Levanta a mão quem pensa assim, por que aí eu vou definitivamente acreditar que os outros é que são a minoria. :)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Jabá

  Na sintonia de: Ana Carolina - Beatriz



Pessoal, tá rolando uma promoção cultural bem bacana da marca Kodifik. É só responder:
Como é a moda que combina com o seu DNA?.
Para saber mais entrem no http://www.kodifik.com.br/blog/148/


As roupas são bem diferentes e estilosas, e a coleção alto verão tá linda.

domingo, 5 de outubro de 2008

Início. meio. fim.

  Na sintonia de: Bethany Joy - Feel this



Se o mundo começasse hoje o que você faria? Quem você seria? Poeta, ator, médico ou malabarista? Seria o revolucionário ou o espectador? Cientista ou mecânico? Faria tudo diferente ou cada vírgula igual?

Se o mundo começasse hoje, aprenderia notas, tocaria piano e violão, ou aprenderia a gostar mais de esportes?

Abraçaria mais, se irritaria menos? Aproveitaria mais a infância, não teria medo da velhice? Não buscaria o clichê das velhas fórmulas da felicidade? Colocaria uma rede na varanda, pintaria as paredes do quarto de azul? Seria hippie, skatista, surfista, provaria todos os conceitos e todos os sabores da vida?

Todo dia é dia de começar, Se o mundo começasse hoje, o que você faria?

domingo, 21 de setembro de 2008

Síndrome de Pinóquio

  Na sintonia de: Naim Yael - New Soul

Desde pequenos aprendemos que mentir faz o nariz crescer. E como todo mundo se preocupa com a estética, optamos por mantermos o nariz proporcional ao rosto.

Só que tem gente que mistura sinceridade com falta de educação e de sensibilidade. Por isso, luto por uma causa, a dosagem certa de espalhar as verdades e de fazer o bom uso das palavras.

Pra que dizer que sua amiga parece uma jamanta de gorda se ela sempre foi tão generosa com você e merece tantos elogios?

Pra que ofender a mãe do cara que furou a fila do cinema, se você pode respirar fundo contar até 10 e guardar certos nomes pra você?

Que culpa tem o motorista de ônibus que o trânsito está maluco e lento? Até mesmo a sinceridade pode ser dosada, há maneira e maneiras de jogar verdades por aí.

Os únicos que deveriam sem restrições ser 100% sinceros, falar tudo que está passando em suas cabeças, são os nossos políticos.

Se como nos contos de fadas, mentira fizesse o nariz crescer, nosso parlamento seria lotado de narigudos e narigudas. Isso sim eu chamaria de uma boa causa, o Brasil agradeceria.

Tudo de Blog.

domingo, 14 de setembro de 2008

Vide bula

  Na sintonia de: Michelle Branch - Breathe


Esqueceram de nos avisar que as coisas não seriam tão simples. Esqueceram de nos avisar que deveríamos encontrar vacinas e antídotos para suportar as dores existenciais. E que essas vacinas não estão nas prateleiras das farmácias.

Esqueceram de nos avisar que nem sempre lágrimas serão contidas e fúrias impedidas.
E quanto aos tropeços, por que não ensinaram que nem o Merthiolate resolve? E o Band-aid por que não estanca as feridas do coração?

Esqueceram de nos passar a receita fundamental: Um abraço por dia, pode resolver dores que uma cartela de analgésicos não resolve em um ano.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Terapia de busão

  Na sintonia de: Belle and Sebastian - Here comes the Sun

A vida está tão corrida que as desculpas são cada vez mais freqüentes. As pessoas se esbarram, mas não se olham, os amigos são deixados pra trás e sempre temos aquela velha frase como desculpa: Vamos marcar de fazer alguma coisa. E ninguém marca.

A gente tem conversado mais com a estranha robotizada moça do telemarketing do que com a família. Os estranhos do mundo lá fora estão fazendo mais parte dos nossos dias do que os amigos do peito.

Na fila do banco, na poltrona do ônibus, na faculdade, no consultório do dentista. Mesmo que seja por alguns minutos, as pessoas estão adaptando suas falas e desabafos e procuram a qualquer custo alguém para ouvi-las e dar atenção, nem que seja por 5 minutos.

Costumo ouvir bastante ultimamente a vida dos estranhos. E pensei: Afinal, pra que gastar o telefone, se a gente pode desabar com o estranho do ônibus? A passagem de R$2,45 já estamos pagando, e o melhor, nunca mais veremos o estranho novamente, de quebra, descartamos o pré-julgamento e as críticas que certamente um amigo faria.


Terapia de busão, essa é a moda. Mais prático, rápido e bem mais barato que o velho divã. (Vaí da coragem e do tempo de cada um).

domingo, 17 de agosto de 2008

A evolução no esgoto

  Na sintonia de: Coldplay - Viva la vida


“A lua parte com quem partiu e fica com quem ficou.” Mário Quintana


Há quem diga que nós evoluímos, há quem acredite que estar no século 21 já basta. Infelizmente, nosso país é constituído por várias luas que seguem pessoas diferentes. Pode ser questão de destino, sorte ou de injustiça., mas a lua que ilumina a minha noite, não é a mesma lua que ilumina tantas pessoas neste país.

O fato é que ao assistir O Profissão Repórter dia desses, me deparei com uma cena chocante. A de um homem que vive com seu cachorro no esgoto de São Paulo.
Aí me pergunto, qual evolução que tanto nos referimos? A do homem que chegou a lua? A era digital?

Ter uma casa, comida no prato, pernas fortes, coração sem remendos não deveria ser sonho, deveria ser lei, deveria ser REALIDADE. Sonho a gente deveria ter de viajar, de conhecer a Madonna ou de desafiar a gravidade.

Aquela verba que ia para a educação e foi desviada pelo político corrupto para comprar a cobertura em Miami, poderia ser a chance do cara que está dormindo literalmente no esgoto.

E assim segue a vida, e o mais triste é pensar que a pomba que João cuidou e soltou, é mais livre que ele. Mais livre que nós.




*Assista o vídeo a partir de 0:40 segundos

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Asas contidas

  Na sintonia de: Zeca Baleiro - Palavras e silêncios

Tem algo melhor que a liberdade? Mesmo que seja aquela liberdade pela metade, liberdade que nunca é 100%.

Ser independente é criar asas, é sentir a liberdade, é virar gente grande, ter responsabilidade. É aprender a fazer escolhas, aprender a renunciar. É saber que você depende de você mesmo, independente das circunstâncias, você precisa saber dizer não ou sim para o próprio ego.

Independência é ter o próprio despertador, o próprio meio de locomoção, o dinheiro, lavar as próprias meias, fazer o próprio almoço, é respeitar mais o tempo e menos as banalidades.

Confesso que apesar de adorar a liberdade, sou a favor de um pouquinho de dependência também, ter com quem contar. Afinal, é muito bom ter asas livres para voar, mas é melhor ainda ter um abrigo para repousar.

Tudo de Blog.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Liberdade camuflada

  Na sintonia de: Tom Jobim - Estrada do sol

Sensação de liberdade, sensação de descobertas, uma desculpa para ser totalmente diferente da realidade. Quem sabe, uma desculpa de viver uma liberdade que nunca existiu.

Acredito que as drogas sejam como refúgios, é um esconderijo para os medos, para as frustrações que muitas vezes batem em nossa porta e a gente não consegue resolver com a sanidade. Ou, uma forma de viver um próprio mundo, um mundo paralelo camuflado por incertezas.

Só que com o passar do tempo, os mundos paralelos se rompem, as descobertas tornam-se rotinas e a liberdade vira um vício de fraquezas na qual é difícil livrar-se. O mundo das drogas é uma roleta russa que não vale a pena arriscar. Liberdade é apostar no mundo da sanidade.

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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Vida leve

  Na sintonia de: Damien Rice - Waters of march




O vento que tocava o rosto era suave e tranqüilo. Parecia que a vida havia dado uma trégua. Que o céu era feito de algodão doce.
Sempre confiara na frase que dizia que depois da tempestade sempre vem à calmaria. Sentia essa calmaria de perto.

Manter-se acordada já não era difícil, dormir não era mais sossego, era apenas uma maneira de recompor as forças que nutriam a continuar.
Era bom vivenciar essa doçura leve e colorida que repousava em suas costas.
Estava feliz, viver já não era mais pesado. Ao contrário, era pluma, vento, era sorriso de criança que se abre sem pedir nada em troca.

domingo, 29 de junho de 2008

Máquina do tempo

  Na sintonia de: Paula Toller - À noite sonhei contigo

Quem nunca quis mudar alguma coisa do passado, ou voltar em algum momento especial? Eu gostaria de ter uma máquina do tempo, para isso, teria que entrar numa redoma, digitaria a senha e o login, a senha seria REVIVER. E puf, num passe de mágica estaria no momento que gostaria de alterar ou vivenciar novamente.

Curaria cicatrizes que permanecem em mim e nas pessoas que provoquei, como nos momentos explosivos de palavras incoerentes.

Voltaria para muitos dias bons que já vivi, sentiria novamente o cheiro do bolo da minha avó, o abraço dos meus amigos, a docilidade e ingenuidade da infância. Talvez, ao longo do tempo percebesse que deveria ter conversado mais com o nerd solitário do colégio e menos com os bagunceiros da última fila. E em um segundo voltaria aos tempos da escola e faria exatamente isso.

Depois, retornaria para a vida presente, mais pura, mais calma, mais leve.
Ah, se isso realmente acontecesse e pudéssemos vivenciar as coisas lindas novamente e curar as cicatrizes, como diz uma música “Sonhar não custa nada, mais que tempo.”


Tudo de Blog.

sábado, 21 de junho de 2008

Vida

  Na sintonia de: Paula Toller - À noite sonhei contigo

Vida que me dá alegria
Vida das pequenas emboscadas
Vida que traz tantos sentimentos
Vida de dores camufladas.

Tão macia
Tão cheia
Tão vazia

Vida que me adoça
Vida que dá risos
Vida que me cansa
Vida que me esgota.

Tão macia
Tão cheia
Tão vazia

Vida de engatinhar
Vida de evoluir
Vida de desafiar
Vida de Persistir.

Tão macia
Tão cheia
Tão vazia

Vida da procura intensa
Vida da chama escaldante
Vida que se perde a essência
Vida da busca incessante.

Tão macia
Tão cheia
Tão vazia.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Quando o amor precisa ser provado

  Na sintonia de: Joss Stone - Tell me what we're goona do now





Sou uma romântica contida. Para mim declarações de amor precisam ter restrições. Não sou do tipo que adota estratégias mirabolantes e pirotécnicas para me declarar. Nada de outdoor, Love car, e muito menos tatuagem com o nome do amado no pé, na mão ou qualquer outro lugar do corpo.

Sou do tipo que acredita que as provas de amor são expressas através de respeito e confiança. O resto são subterfúgios ou maneiras criativas de declarar o apreço pela pessoa. Amor de verdade não se prova na pele, ele está no coração... Lugar onde tatuagem alguma consegue chegar.

Mas se for mesmo para tatuar, tatue o nome do seu pai, da sua mãe, do cachorrinho que teve na infância, é menos perigoso e dá menos trabalho. Afinal de contas, nós nunca saberemos se o atual poderá vir a ser ex.

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Amar verbo intransitivo

  Na sintonia de: Norah Jones - Not too late

Há quem acredite que 12 junho é uma data melosa e comercial demais. Acham exagero os corações vermelhos e propagandas de Sonho de Valsa espalhadas por todos os cantos. Ficam perplexos com as reservas inesgotáveis nos restaurantes e as declarações de amor vitalícias.

Definitivamente, só pode odiar o dia dos namorados quem ainda não encontrou um amor para comemorar a junção de dois em um só, quem não é fã da publicidade brasileira, ou quem não gosta de Sonho de Valsa.

Tudo de Blog.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Nostalgia

  Na sintonia de: Nenhum de Nós - Obsessão


Acredito muito que a gente é um pouco de cada coisa que consumimos, do que lemos, do que assistimos. Tem coisas que fizeram parte da minha infância que eu carrego comigo até hoje.

Nunca vi um programa mais puro e doce como esse. Era o único programa de televisão que a minha mãe deixava eu almoçar na sala diante da TV. Na verdade o almoço ficava em segundo plano, o que eu gostava mesmo era de ver as confusões do seu Madrugada e do Kiko.
Pena que muitos dos personagens já faleceram. É um programa que eu quero que meus filhos assistam.

E a Punky com o Glomer? Eu adorava e canto a música tema do seriado até hoje. Tanto desenho quanto a série, eu fazia questão de assistir a levada da Breca.


As Barbies da Estrela da década de 90. Você pode procurar, mas não vai encontrar bonecas com tanta qualidade como essas. Eu sempre sabia a diferença entre uma Barbie da Estrela e das do Paraguai, pois as do Paraguai davam para tirar a cabeça, o que na época era um insulto para as apreciadoras de Barbies legítimas.

O mini computado Pense Bem da Estrela. Esse fez parte da minha infância, ainda lembro do som que fazia quando acertávamos as respostas. Meu irmão e eu disputávamos para ver quem iria brincar primeiro.

O seriado Caça Talentos, eu acho que eu fui uma das poucas crianças que preferiam a Angélica a Xuxa. Meu primeiro cd foi da Angélica, aquele que tinha a música da Fada Bela. Eu adorava tanto esse seriado que chegava à escola falando “Por Merlin”.

Post totalmente nostálgico para o Tudo de Blog.

domingo, 25 de maio de 2008

Corro, com passos largos, corro...corro....

  Na sintonia de: Alex Beaupain - Je N'aime Que Toi




Lembro que quando era pequena brincava de pega-pega e me divertia muito. Naquela brincadeira estipulávamos um “fraio” que era uma maneira de sermos inatingíveis, era um subterfúgio para podermos descansar e nos recompor para a corrida novamente.

O fato é que a vida nos tira o fôlego inúmeras vezes. Tantos sentimentos envolvidos que vivenciamos uma maratona todos os dias. Corremos atrás da felicidade abstrata, dos amores que pareciam ser concretos. Do emprego perfeito, da casa com vista para o mar, da música que tocou nos 3 minutos e 20 segundos do filme, corremos até mesmo atrás do tempo que não volta mais.

E nesses altos e baixos, às vezes dá vontade de parar e sentar embaixo da árvore, de tomar água de coco. Dá vontade de encontrar o refúgio e de descansar as pernas. Pernas que na infância pareciam ser tão fortes. E eram.

Viver é saber respirar para não perder o fôlego. Viver é correr atrás de sonhos, de promessas, de um mistério que nunca foi desvendado. Viver é saber que milésimos de segundos podem fazer a diferença. Que a faixa de chegada pode estar diante dos nossos olhos ou longe do coração.

O mundo pesa. Nessa maratona, procuramos intensamente pelo “fraio”. Queremos alcançar, mas nem sempre sermos alcançados, queremos tempo para o descanso, mas não desistir antes da vitória. Porque a gente sabe que nessa corrida só vence quem vai até o final.

Corro, com passos largos... Tão largos quanto à vontade de encontrar os pedaços da felicidade. Corro...corro.

domingo, 18 de maio de 2008

Dias preguiçosos

  Na sintonia de: Gilberto Gil - Metáforas

O Brasil vive domingos intermináveis de sua maior preguiça. Explico. No livro Divã da Martha Medeiros há um trecho em que a personagem cita que o domingo é um dia em cima do muro. Não se faz festa como no sábado e não há determinação da segunda-feira.

Estamos vivendo no Brasil o meio termo em praticamente todas as questões políticas e sociais. “Deixa assim como está que eu te dou um brinde.” Parece que as questões promocionais tomaram conta da nossa sociedade.

Abrir cotas para negros é o mesmo que esconder toda a sujeira embaixo do tapete. É o mesmo que acontece com os benefícios que os mais carentes “recebem” como a Bolsa Família e a Bolsa escola.

A partir do momento que abrem cotas para pessoas, quaisquer que sejam suas raízes e sua cor, estão saudando o preconceito. É duvidar da capacidade humana, duvidar das próprias escolas que o governo tão bem diz investir.

Há negros pobres na sarjeta, há brancos pobres dormindo no papelão. Existem pessoas que não deram certo. Tem gente que correu atrás e conseguiu. Sacrifícios que a gente tão bem aprende com a escola da vida.

Está na hora dos nossos governantes serem decididos como a segunda-feira e nos deixar festejar nos finais de semana.

Tudo de Blog.

terça-feira, 6 de maio de 2008

2º domingo de maio

  Na sintonia de: U2 - City Of Blinding Lights

- O que é o que é: Todo mundo teve ou tem. Não vem embrulhada em um pacotinho de presente, porém, nos faz sentir presenteados todos os dias.
Não é cobertor, mas seu abraço aquece qualquer dia cinza, qualquer dor que percorre a pele.

Pode ser moderna,clássica,contemporânea,cult ou enigmática. Pode ser tudo ao mesmo tempo, pode ser todas em uma só.

- Vou dar uma pista: durante meses foi nosso casulo, meses nos alimentamos e respiramos por ela. Pode saber dançar, cantar ou simplesmente fazer um cafuné no cabelo daqueles de arrepiar o braço.

Umas gostam de Roberto Carlos, outras curtem show de rock com direito a bandana personalizada.

Pode ser que não goste de toque, mas faz a melhor lasanha. Talvez faça o melhor macarrão instantâneo ou pinte os mais belos quadros.

Talvez a amamos por simplesmente ser o que é, pelo o que nos representa.
A minha usa unhas vermelhas e cabelos curtos, tem a alma leve, elegância ao se portar e o olhar de menina. Me abraça na hora certa, me diz não por me amar. Me diz sim pra me acalentar.

Caí nesse sentimentalismo todo, talvez pela propaganda da Renner que achei fascinante, ou por ser mesmo sentimental e bobona que ama a mamãe de verdade.


quinta-feira, 24 de abril de 2008

"Aspirina para dor existencial"

  Na sintonia de: Bruna Caram - Signo de Câncer

Tudo estava em sua volta, mas nada fazia parte dela. Era um sentimento desconhecido, parecia que a lua que a seguia não era a mesma que a dos outros.

Esqueceram de avisá-la que a vida não seria tão simples. Esqueceram de recomendar as vacinas para as dores existências que vez ou outra batiam em sua porta.

Esqueceram de avisá-la que nem sempre lágrimas serão contidas e fúrias desimpedidas. E ela não se perdoava por isso.

E os tropeços? Por que ninguém reparava nos cadarços desamarrados em vez de recomendar Mertiolate?

Ela tinha o hábito de andar olhando para baixo para tentar encontrar a auto-estima que se perdia.

Por que não ensinaram que Band-aid não conserta coração magoado? Ele pode até estancar por alguns minutos, mas depois de algum tempo, ele descola.

Por que ninguém notava em seus olhos que apesar de mudos, diziam tanto. Eles confabulavam entre si,contavam histórias mágicas e ninguém se permitia a entrar no conto de fadas.

Tantas coisas para serem divididas, e ela solitariamente dividia consigo. Não gostava de números ímpares, tão pouco conhecia os pares.

Foi então que pisou nos cadarços desamarrados novamente e caiu. E de tanto olhar para baixo a felicidade passou em sua frente, mas ela não notou.

*Título: Frase Clarice Lispector

domingo, 20 de abril de 2008

Velejadores do mesmo barco

  Na sintonia de: The Youngbloods - Let's Get Together

Ao contrário dos super heróis dos desenhos animados, não é preciso ostentar toda força física para ser vencedor. Espinafre não é o combustível que alimenta essa força na vida real.

As mulheres apesar de o físico ostentar delicadeza e “fragilidade” são batalhadoras que tiveram que passar por cima de tabus e preconceitos para ocuparem o posto que estão atualmente.

Só que nessa roda também estão os homens que assim como nós, sentem a necessidade de transformar nosso planeta em algo melhor. Ambos tentam achar a energia que falta.
Aliás, o combustível que move o mundo, é a capacidade da boa comunicação para tentar tornar os dias mais amenos.

Não é o cromossomo XY ou XX que definirá quem comandará o mundo, quem merece ser ou não ser presidente dos Estados Unidos, se um é mais inteligente para as exatas, o outro para a leitura, se um sabe abrir o vidro de pepino, ou o outro andar de salto alto.

Estamos todos no mesmo barco, velejando no mesmo mar de fúrias e calmarias. O sol brilha e a chuva vem para todos. Porque , assim como nos desenhos, homem ou mulher, o mocinho sempre vence no final.
Tudo de Blog.

sábado, 12 de abril de 2008

A soma de tudo

  Na sintonia de: Chantal Kreviazuk - Weight Of The World

Todos os dias ligamos a televisão e nos deparamos com fatos que mexem com nossa cabeça, programas dedicados exclusivamente para falar de um determinado caso. Não chamam apenas policiais e advogados, mas psicanalistas que tentam desvendar o que se passa na cabeça de uma pessoa capaz de cometer crimes.

Você e eu. Ambos feitos da mesma matéria bruta. Mudam alguns detalhes, como a cor do cabelo, do olho e a tonalidade da pele. Até o coração funciona igualmente, com pequenas diferenças nos batimentos.

Mas o que diferencia mesmo um ser humano do outro é a essência, como ele lida com os pequenos empecilhos, com as pequenas diferenças e alegrias.

Acredito que a resposta para esses crimes todos está nas pequenas coisas. As pessoas não olham mais no olho, não querem mais conversar, não resolvem os problemas, pois acreditam que o Prozac vai curar. E ele não cura.

Fala-se pouco, guarda-se muito. E aí que depois do coração engavetado de mágoas e frustrações, um dia ele estoura. No calor da hora, vem à lembrança da pisada no ônibus, o cartão de crédito bloqueado, o bolo que não cresceu e a luz cortada. Pequenos atos que somados viram armas, que atingem pessoas inocentes.

E aí, tudo vira silêncio, por alguns minutos a sanidade se vai e a explosão de sentimentos nos torna monstros.

Não acredito que nos acostumamos a ver as barbáries todas passadas na televisão, pois ainda nos arrepiamos ouvindo a vinheta do Plantão Globo. O que acontece de fato é que chegamos a tal ponto, que não duvidamos mais de atrocidades cometidas por nossos irmãos de espécie.

No Brasil e na China existem pessoas fracas. Você e eu, todos iguais.
Tudo de Blog.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Um pouquinho de tudo

  Na sintonia de: Mônica Salmaso - Dancapé

Já acordei sorrindo, já dormi chorando. Já duvidei de política e religião, já encontrei a fé. Já tive certezas, tive questionamentos, Já comi doce com salgado, já procurei por sorrisos que matam a fome, já me arrepiei assistindo filmes, já me espantei vendo jornal. Já amei, já detestei, já me decepcionei. Já quis o tudo, já quis apenas a calmaria do nada. Já quis ser atriz, jornalista, jogadora de vôlei. Já procurei pela felicidade. Já usei preto, já usei pink, já me encontrei em palavras, já preferi ficar calada.

Já quis ser boa em números, já preferi as letras, já quis aprender francês, já quis entender melhor a língua portuguesa. Já gostei de chuva na pele, já preferi as cores que o sol traz. Já dormi com o abajur ligado, já tive medo do não palpável.

Já quis voltar a infância, já me imaginei daqui a cem anos. Já fui a China sentada no sofá.

Já fui um pouco de tudo, fui a controvérsia de mim mesma. Já me perdi no tempo. Meu coração, quem diria, já escapou das minhas mãos e voou com o vento.

*Texto inspirado num dos tantos que estão no livro “Os piores textos de Washington Olivetto”.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Amarelinha de gente grande

  Na sintonia de: Luciana Souza - I can let go now



Quando éramos crianças pular amarelinha fazia parte de uma entre tantas brincadeiras. A meta era pular com um pé de cada vez, até chegar ao céu. Céu que com traços definidos e marcantes era desenhado com giz colorido nas calçadas.

Hoje, os nossos passos são tão largos, que algumas vezes tropeçamos pela ânsia exacerbada de chegar até o céu de brigadeiro.

Passamos a vida inteira “pulando amarelinha” pra encontrar a calmaria do céu. Algumas pessoas insistem em dizer que ele não existe, quando na verdade ele está diante dos nossos olhos.

Às vezes não é preciso lunetas, binóculos, nem lupas. O mundo está sorrindo pra gente. Só que é um sorriso discreto, nem sempre é escancarado como pode parecer pra algumas pessoas. No fundo, todo mundo precisa desprender-se dos medos e dos negativismos fantasiosos, capazes de nos tornar os mais cegos.

Ir com sede e vontade de chegar ao topo, equilibrar-se num pé só, nas muralhas que surgem em nossa frente.

Assim como na infância, o céu pode ser desenhado em qualquer lugar, com qualquer cor, basta dar um passo de cada vez e verdadeiramente desejar.

domingo, 23 de março de 2008

Reinventando

  Na sintonia de:Yves Larock - Rise up

Conhecer a França, a maravilhosa Torre Eiffel, as muralhas da China, comunicar-se com pessoas do outro lado do mundo,ou até com o vizinho que mora na frente da nossa casa. Ter a privacidade invadida, pegar receitas para o jantar, ser conhecido por um avatar, sim isso é a internet.

Só que algumas vezes perdemos um pouco da nossa identidade, perdemos o olho no olho, a cara a cara. O “eu te amo” perdeu o fonética, e virou letras. As caretas são representadas através de emoticons e winks. A internet é uma passagem pro outro lado do mundo, mas também é um alicerce pra solidão.

Se a internet acabasse hoje, eu daria maior prioridade para o calor humano, para os pequenos toques que temos deixado de lado. Folhearia mais livros, daqueles empoeirados mesmo que estão nas prateleiras das bibliotecas.

Se na verdade a internet acabasse hoje, estudaria Ciência e Tecnologia para inventá-la novamente.

Tudo de Blog.

quarta-feira, 19 de março de 2008

O nosso melhor

  Na sintonia de: Capital Inicial - Falar de amor não é amar

Se eu pudesse dizer em que Deus eu acredito, eu diria que é aquela parte que nós temos de melhor como seres humanos. Ele está no olhar preocupado que oferecemos para quem precisa, na mão que estendemos, no abraço que não deixamos de dar. Na força que nos conduz quando olhamos fixamente para o espelho. Ele é a imagem do melhor que somos ou do que pretendemos ser.

Acredito piamente nesse Deus, acredito na força sublime, naquele momento em que damos um sorriso mesmo quando acabamos de receber um não. Na autoconfiança que se aflora quando recebemos um sim. Na necessidade de entrelaçarmos as mãos na hora de rezar para a força se concentrar, mãos responsáveis pelas preces, pelo afago, pelo tato indispensável nas relações humanas.

Acredito no Deus embutido com a , que me faz acreditar que a chuva que caí não é explicada apenas cientificamente, ele me faz ver além, é a companhia invisível todas as noites.

O meu Deus não é encontrado em catedrais suntuosas, ele está em qualquer lugar. Ele é o vento que nunca pára de me embalar.

Tudo de Blog.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Presenças ausentes

  Na sintonia de: Tori Amos - Enjoy the Silence

Os dias exaustivos transformaram-se na calmaria que tanto pedimos. O relógio que corria, hoje parou. O silêncio já não é mais sufocante, ele virou música pros sonhos que estavam adormecidos. Os sonhos acordaram de um sono profundo e atordoado.

Grandes problemas foram transformados em doces soluções,pequenos empecilhos,hoje fazem parte de uma névoa que passou.

A gente se pergunta o porquê, mas ninguém nos dá a resposta. Às vezes ouvimos sussurros que vem de longe... Mas eles logo se calam pra sempre.

Depois desse silêncio enlouquecedor, surgem as saudades, e a vontade de viver o pra sempre. O pra sempre não existe mais, restam às lembranças. Doces lembranças incolores de abraços e cheiros que a gente colore com a saudade.



"Tire o seu sorriso do caminho. que eu quero passar com a minha dor". A flor e o espinho

terça-feira, 4 de março de 2008

Bicho-papão

  Na sintonia de: O Teatro Mágico - Durma medo meu

Quando era criança, sentia um terrível medo antes de dormir, deixava as luzes acesas e revistava o quarto inteirinho, caso o bicho-papão estivesse embaixo da cama ou dentro do armário.

Os anos passaram, e os medos infantis foram embora. Já consigo dormir com as luzes apagadas e não tenho mais medo de fantasmas vestidos de lençóis brancos. O medo é ainda mais abstrato. Medo de algo que nem sempre sei explicar o que é.

O bicho-papão nem sempre é caracterizado, ele pode ser sutil, e temos que enfrentar várias vezes ao dia. O bicho-papão é o medo de ter medo.
Medo de encontros, desencontros, de perdas, de não encontrar pote de ouro atrás do arco-íris, da solidão.

Os medos são capazes de abstraírem nossas forças, de nos deixar estáticos por anos, ele bloqueia e é altruísta. Como disse Cortázar, o medo enferruja, ele ofusca nossa visão. Ele pode nos apresentar a pior de todas as soluções, que é de ficar parado. Nem direita, nem esquerda, o medo toma proporções gigantes, que nem sempre sabemos como nos livrar dele.

Então, surgem as saídas de emergência, aquela que só o ser humano é capaz de usar, que é a superação. Conseguimos encontrar nesse blecaute, uma lanterna pra nos guiar,uma luz no final do túnel, um rastro indicando como respirar a sensação da liberdade novamente.

Os medos, vão e vem, cabe a nós cantarmos uma canção de ninar pra ele adormecer em um sono profundo dentro de nós mesmos.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Dois

  Na sintonia de: Glen Hansard and Marketa Irglova - Falling Slowly



Em um certo dia sentimos um vazio, uma falta de adrenalina na alma. Percebemos que o coração segue linear, igual, normal.

Queremos alguém pra fazer parte de uma trilha sonora que pra gente vai ser sempre inédita. Aquele que dará mais lucidez e significado para lacunas que até antes eram incompreensíveis.

Desde então, passamos a vida inteira buscando um responsável por fazer o coração bater mais forte. Aquele que a gente só vê coisas especiais, aquele responsável por nos fazer suspirar nos dias mais escuros e nos ensinar que a vida boa é a vida em dois. E depois de muito bem-me-quer, mal-me-quer, o amor surge.

E aí que tudo se completa, vida pra partilhar, vida de dividir o mesmo canudinho, as emoções e as razões.

Começamos a entender o significado dos pares, eles são os responsáveis por grandes partes das nossas alegrias, olhos, ouvidos, mãos, abraços entrelaçados, pernas. Bocas que se unem e se completam, sorrisos que fazem mais sentido quando são compartilhados.

Pares assim como Pink e o Cérebro, arroz e feijão, Romeu e Julieta, piano e violino, céu e estrelas. Dança e música.

A vida em par começa a fazer tanto sentido que não nos contentamos apenas com um coração, queremos dois.

Depois dessas descobertas, entendemos que ficar sozinho é bom durante uma hora, depois perde a graça. E aí que começa a brincadeira: Par, ímpar. Um, dois, três e já!

Par venceu.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O que os olhos não vêem o coração sente também

  Na sintonia de: KT Tunstall - Other side of the world

Eu acredito em amizades, acredito em demonstrações de afeto. Não precisam necessariamente virem junto com calor humano. Não precisamos de serenatas embaixo da nossa janela pra saber em quem confiar.

Ultimamente a internet tem sido meu porto seguro, acredito que muitas vezes o que não conseguimos demonstrar falando, demonstramos escrevendo.

Me dá um imenso prazer escrever o que eu sinto, e saber que gente do outro lado do Brasil sente o mesmo, que consegue me compreender sem me olhar nos olhos.

Aliás, acho fundamental olhar no olho, mas não perco a oportunidade de construir amizades. Afinal não preciso saber a cor do cabelo, o peso, a medida pra chegar ao coração. O coração está aberto pra todo mundo... Só que poucos têm paciência de encontrá-lo.

Qualquer tipo de sensibilidade alheia é bem-vinda, pode ser do vizinho ou da pessoa do outro lado do computador. Acredite: Palavras também podem servir como abraços e isso me conforta.

Tudo de Blog.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mundo maleável

  Na sintonia de: Mônica Salmaso - Valsinha



Hoje as coisas pareciam diferentes, acordei e o sol estava mais quente e o céu mais azul.

Parecia que o vento me embalava, eu flutuava diante do chão. Comecei a inventar um mundo do meu jeito, o arco-íris ganhou nova forma, novas cores.
O sorriso que antes era tímido, não saia mais do lugar, ele fazia parte da fisionomia, ele era real, era sincero.

Os apertos de mão eram fortes, a astúcia humana era comum, o bom senso era de todos.
Os buracos das calçadas foram removidos da minha frente, não existiam mais empecilhos, a única meta era a de chegar mais longe do horizonte que sorria pras pessoas.

Contramão era ir contra a alegria, competição, só de quem vivia com mais intensidade. Gritos eram músicas, dores eram curadas com palavras.

Palavras eram ditas em horas oportunas, fome era sanada lendo livros, poesia era a trilha sonora de todos. A moeda nesse mundo era gratidão, era tão forte que nunca quebrava.

O dia acordou diferente, ele até parecia real... foi então que começou a chover e as cores desbotaram, meu mundo era todo feito de aquarela.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O vai e vem do sol

  Na sintonia de: Timbaland - Apologize

"Tenho fases como a lua,
Fases de andar escondida
Fases de vir para a rua
Perdição da minha vida!
Tenho fases de ser tua,
Tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm
No secreto calendário
Que um astrólogo arbitrário
Inventou para o meu uso.
E roda a melancolia
Seu interminável fuso!
Tenho fases como a lua
No dia de alguém ser meu
Não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
Outro dia desapareceu."
(Cecília Meireles)


São sete dias durante a semana, sete dias para realizar, mudar, conhecer e conquistar. Esses sete dias podem ser ensolarados ou chuvosos.

O dia ensolarado é aquele em que tudo dá certo, parece que o mundo nos sorri, uma energia absoluta percorre nossas veias. A alegria é tamanha, que mal cabe dentro da gente e contagia quem está por perto.

Mas há também o dia chuvoso, que é aquele que não dá vontade de sair da cama, trovões de pessimismo e incompreensões tomam conta da gente. Os defeitos ficam mais latentes. O dia começa com o dedão batendo no sofá e termina com o travesseiro encharcado de dor.

Nos dias de sol os abraços são essenciais. Nos dias de chuva, as palavras às vezes não são necessárias. Nos dias de sol a gente tem força de sobra, nos dias de chuva temos que encontrá-la.

Nessa inquietação toda, há também os dias nublados, que são aqueles recheados de incertezas, geralmente são sem graça e ficamos confusos, num sobe e desce. A alegria contida dentro da gente começa a se deteriorar e o que mais fazemos é nos questionar.
Essa mescla de sentimentos, essas tonalidades claras e escuras que contrastam nossos dias, são como provas de fogo pra nos manter em pé.

E aí que percebemos a importância da chuva, pois ela nos faz refletir, é antídoto para o comodismo. Suaviza e irriga nossa vida, nos torna mais fortes, mais incansáveis. É através da chuva, que a gente percebe quão importante é o sol. Sol que vai, mas sempre volta no final.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Tempo, senhor da razão

  Na sintonia de: Djavan - Se

Tudo parece estar lindo,o dia amanheceu com um encantador céu azul, faz calor e tudo está pronto para irem à praia. Até que...

- Querida, precisamos conversar, sabe o meu amigo Celso? Estamos apaixonados.

Depois dessas palavras, a testa franze, o olhar reprime e o céu azul começa a escurecer. Cada fala dele faz o céu nublar, você vê até relâmpagos.

Mas tudo isso só é enxergado por você, o efeito anestésico daquelas palavras fazem com que você perca alguns sentidos do corpo. Parece que o cérebro parou de funcionar e que não consegue assimilar o que teima em entrar nos ouvidos.

Então você chora, grita, sente raiva, a vontade é de jogar a televisão comprada na lua de mel em 24 prestações contra a parede. Mas você quer mostrar superioridade e diz rispidamente para ele ir embora.

O tempo passa e você começa a enxergar o lado bom das coisas, pelo menos não precisa gastar com a academia para ficar mais bonitona que a "outra", e o Celso pode vir a ser um ótimo conselheiro.

E o dia reluz, o céu se abre, e tudo fica azul novamente.

Tudo de Blog.