sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cinza.

  Na sintonia de: Death cab of cutie - What Sarah Said


No começo da manhãzinha, o céu ainda cinza, a vida ainda tranquila, o frio que deixava os cabelos despentedos, tudo isso era o cenário ideal para os pensamentos inacabados.

Manhã tão cinza que não dava para enxergar a luz no fim do túnel, tão cinza que as cores radiantes da alegria ficavam sobrepostas. Sem cor não dava para viver, pensava ela.

A esperança era o antídoto para a consciência da realidade dura que vinha de forma veloz com a névoa cinza. Esperança das cores, esperança dos finais felizes que lia tanto nas histórias das princesas quando era criança. Esperança de não ser podada, e de aprender a soltar os pés para que pudesse voar mais alto, porque ela só queria sentir a brisa no rosto.

Então, das nuvens surgiu um fio de luz, era o sinal que precisava. A luz para as mudanças estava nela, apenas nela.