

Quando éramos crianças pular amarelinha fazia parte de uma entre tantas brincadeiras. A meta era pular com um pé de cada vez, até chegar ao céu. Céu que com traços definidos e marcantes era desenhado com giz colorido nas calçadas.
Hoje, os nossos passos são tão largos, que algumas vezes tropeçamos pela ânsia exacerbada de chegar até o céu de brigadeiro.
Passamos a vida inteira “pulando amarelinha” pra encontrar a calmaria do céu. Algumas pessoas insistem em dizer que ele não existe, quando na verdade ele está diante dos nossos olhos.
Às vezes não é preciso lunetas, binóculos, nem lupas. O mundo está sorrindo pra gente. Só que é um sorriso discreto, nem sempre é escancarado como pode parecer pra algumas pessoas. No fundo, todo mundo precisa desprender-se dos medos e dos negativismos fantasiosos, capazes de nos tornar os mais cegos.
Ir com sede e vontade de chegar ao topo, equilibrar-se num pé só, nas muralhas que surgem em nossa frente.
Assim como na infância, o céu pode ser desenhado em qualquer lugar, com qualquer cor, basta dar um passo de cada vez e verdadeiramente desejar.