sábado, 3 de março de 2007

Minha camiseta - meu talismã

  Na sintonia de: Fergie - Big girls don't cry

Quem não teve um talismã na sua infância, um bichinho de pelúcia preferido ou um tênis furado, muito rodado e extremamente confortável.
Na minha infância eu tive brinquedos e roupas preferidas, entre elas uma camiseta branca com detalhes em verde-limão com estampa de gatinho. Fazia sol ou chuva, ela sempre marcava presença.
Até que completei 12 anos, idade tão temida pelas meninas. Enfim, uma nova fase na minha vida, cheia de transformações, no corpo e na alma. A camiseta que antes era larga e confortável se tornou curta e apertada. E por mais que eu soubesse que ela nunca mais voltaria a ser a mesma, tentei de mil maneiras fazer com que coubesse em mim novamente. Mas ela havia deixado de fazer parte da minha rotina, precisava ser deixada para trás.
Não teve jeito, me vi obrigada a aposentá-la no meu guarda-roupa. Procurei alguma camiseta parecida para substituí-la, mas não era a mesma coisa. O tempo bom que passei com ela, não voltaria mais.
Minha mãe insistia em faxinar e doar roupas que não usava para pessoas necessitadas, alguém que não tivesse um armário repleto de roupas coloridas e quentinhas.
A camiseta de estimação estava empacotada para ser usada por outra pessoa, que talvez pudesse passar por tantos momentos bons como os que eu passei, ou apenas iria acalentar o frio de alguém carente que não tinha o que vestir.
O fato é que por mais triste que seja abandonar nosso amuleto, alguma coisa de verdadeira estima, percebi que precisava passar a vez para outra pessoa.
Percebi que meu talismã não era a camiseta, ela era apenas o pano de fundo que marcou minha infância. Os momentos inesquecíveis somos nós que criamos.

Texto para Tudo de Blog.

3 comentários:

Anônimo disse...

Era o que ela representava que você queria manter guardado.
Bjitos!

Anônimo disse...

Eu tinha um talismã, era meu bichinho de pelúcia, o Pituco. Estou revelando minha intimidade mesmo! Enfim, eu ainda o guardo, sujo, feio, mas todas as vezes que olho pra ele, lembro de quando eu chupava chupeta e tinha um os olhos lacrimejados de ver meus pais saindo de casa e me deixando lá com a minha avó. EEE saudade. Bom, vi seu blog na revista da Capricho e já no primeiro post já me emocionei.
Poe seu blog no mural virtual que ta rolando! (www.sym.com.br).

BJOOO

Anônimo disse...

Oi meu amorzão :) esse texto na minha opinião ficou excepcional, acho que quem for ler só vai ter mais certeza que tu escreve bem :)

beijos

do teu e só teu..

Tiago