quinta-feira, 24 de maio de 2007

A cura que ninguém tem.

  Na sintonia de: Groove Armada - Hands Of Time

É pior que ficar três horas em uma fila de banco. É incomparável com a dor de dente. Com a dor de cabeça e com sapato apertado.

É do tipo de dor que nem o tempo cura. Os anos passam e a dor continua habitando a gente.

O tipo de dor que ninguém pode evitar, um dia vai acontecer. Não resolve com Analgésico nem terapeuta.

Estou falando da dor de perder alguém, seja alguém da família, amigo, inimigo, vizinho, cachorrinho. O pior dessa dor é que não é passageira. Pode se passar um ano, dois anos, dez décadas. A pessoa não volta numa tarde de domingo pra curar aquele espacinho dolorido que ficou entre nosso coração.

Acho que o pior de perder alguém é saber que o mundo não vai parar pra sentir essa dor conosco. E que com o passar do tempo, nossas lágrimas vão acabar virando apenas... Lágrimas.É uma dor angustiante que ao contrário do sapato apertado, ela não para quando o tiramos.

Como gostaríamos de ficar 6 horas na fila do banco por dia, ter dores de dente todo mês e unhas encravadas todos os dias, se em troca a gente tivesse as pessoas pra sempre conosco.Mas como ninguém nos dá o direito dessa troca, a gente continua aqui, reclamando das fortes enxaquecas e do troco errado do pão.

Dia desses li uma frase: “Quem inventou a distância, não conhecia a saudade”. Saudade é a palavra mais bonita do nosso vocabulário, porém, tente falar ela do fundo do coração sem encher os olhos d’água.

3 comentários:

Tiago disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tiago disse...

Oi, eu sinceramente não me abituo bem com perdas, com mortes, com qualquer tipo de perda.
como você falou perdas são dolorosas, doem demais, quanto mais significativas mais dolorosas, seja de umaa pessoa querida, de um brinquedo favorito, de uma peça de roupa boa, não sei qualquer coisa, qualquer apego é sempre doloroso.

Beijo

Anônimo disse...

talvez a saudade sirva pra nos lembrar de que é preciso aproveitar a vida e os momentos com quem a gente gosta... porque eles passam rápido.


beijinhos ; )