quinta-feira, 29 de maio de 2008

Nostalgia

  Na sintonia de: Nenhum de Nós - Obsessão


Acredito muito que a gente é um pouco de cada coisa que consumimos, do que lemos, do que assistimos. Tem coisas que fizeram parte da minha infância que eu carrego comigo até hoje.

Nunca vi um programa mais puro e doce como esse. Era o único programa de televisão que a minha mãe deixava eu almoçar na sala diante da TV. Na verdade o almoço ficava em segundo plano, o que eu gostava mesmo era de ver as confusões do seu Madrugada e do Kiko.
Pena que muitos dos personagens já faleceram. É um programa que eu quero que meus filhos assistam.

E a Punky com o Glomer? Eu adorava e canto a música tema do seriado até hoje. Tanto desenho quanto a série, eu fazia questão de assistir a levada da Breca.


As Barbies da Estrela da década de 90. Você pode procurar, mas não vai encontrar bonecas com tanta qualidade como essas. Eu sempre sabia a diferença entre uma Barbie da Estrela e das do Paraguai, pois as do Paraguai davam para tirar a cabeça, o que na época era um insulto para as apreciadoras de Barbies legítimas.

O mini computado Pense Bem da Estrela. Esse fez parte da minha infância, ainda lembro do som que fazia quando acertávamos as respostas. Meu irmão e eu disputávamos para ver quem iria brincar primeiro.

O seriado Caça Talentos, eu acho que eu fui uma das poucas crianças que preferiam a Angélica a Xuxa. Meu primeiro cd foi da Angélica, aquele que tinha a música da Fada Bela. Eu adorava tanto esse seriado que chegava à escola falando “Por Merlin”.

Post totalmente nostálgico para o Tudo de Blog.

domingo, 25 de maio de 2008

Corro, com passos largos, corro...corro....

  Na sintonia de: Alex Beaupain - Je N'aime Que Toi




Lembro que quando era pequena brincava de pega-pega e me divertia muito. Naquela brincadeira estipulávamos um “fraio” que era uma maneira de sermos inatingíveis, era um subterfúgio para podermos descansar e nos recompor para a corrida novamente.

O fato é que a vida nos tira o fôlego inúmeras vezes. Tantos sentimentos envolvidos que vivenciamos uma maratona todos os dias. Corremos atrás da felicidade abstrata, dos amores que pareciam ser concretos. Do emprego perfeito, da casa com vista para o mar, da música que tocou nos 3 minutos e 20 segundos do filme, corremos até mesmo atrás do tempo que não volta mais.

E nesses altos e baixos, às vezes dá vontade de parar e sentar embaixo da árvore, de tomar água de coco. Dá vontade de encontrar o refúgio e de descansar as pernas. Pernas que na infância pareciam ser tão fortes. E eram.

Viver é saber respirar para não perder o fôlego. Viver é correr atrás de sonhos, de promessas, de um mistério que nunca foi desvendado. Viver é saber que milésimos de segundos podem fazer a diferença. Que a faixa de chegada pode estar diante dos nossos olhos ou longe do coração.

O mundo pesa. Nessa maratona, procuramos intensamente pelo “fraio”. Queremos alcançar, mas nem sempre sermos alcançados, queremos tempo para o descanso, mas não desistir antes da vitória. Porque a gente sabe que nessa corrida só vence quem vai até o final.

Corro, com passos largos... Tão largos quanto à vontade de encontrar os pedaços da felicidade. Corro...corro.

domingo, 18 de maio de 2008

Dias preguiçosos

  Na sintonia de: Gilberto Gil - Metáforas

O Brasil vive domingos intermináveis de sua maior preguiça. Explico. No livro Divã da Martha Medeiros há um trecho em que a personagem cita que o domingo é um dia em cima do muro. Não se faz festa como no sábado e não há determinação da segunda-feira.

Estamos vivendo no Brasil o meio termo em praticamente todas as questões políticas e sociais. “Deixa assim como está que eu te dou um brinde.” Parece que as questões promocionais tomaram conta da nossa sociedade.

Abrir cotas para negros é o mesmo que esconder toda a sujeira embaixo do tapete. É o mesmo que acontece com os benefícios que os mais carentes “recebem” como a Bolsa Família e a Bolsa escola.

A partir do momento que abrem cotas para pessoas, quaisquer que sejam suas raízes e sua cor, estão saudando o preconceito. É duvidar da capacidade humana, duvidar das próprias escolas que o governo tão bem diz investir.

Há negros pobres na sarjeta, há brancos pobres dormindo no papelão. Existem pessoas que não deram certo. Tem gente que correu atrás e conseguiu. Sacrifícios que a gente tão bem aprende com a escola da vida.

Está na hora dos nossos governantes serem decididos como a segunda-feira e nos deixar festejar nos finais de semana.

Tudo de Blog.

terça-feira, 6 de maio de 2008

2º domingo de maio

  Na sintonia de: U2 - City Of Blinding Lights

- O que é o que é: Todo mundo teve ou tem. Não vem embrulhada em um pacotinho de presente, porém, nos faz sentir presenteados todos os dias.
Não é cobertor, mas seu abraço aquece qualquer dia cinza, qualquer dor que percorre a pele.

Pode ser moderna,clássica,contemporânea,cult ou enigmática. Pode ser tudo ao mesmo tempo, pode ser todas em uma só.

- Vou dar uma pista: durante meses foi nosso casulo, meses nos alimentamos e respiramos por ela. Pode saber dançar, cantar ou simplesmente fazer um cafuné no cabelo daqueles de arrepiar o braço.

Umas gostam de Roberto Carlos, outras curtem show de rock com direito a bandana personalizada.

Pode ser que não goste de toque, mas faz a melhor lasanha. Talvez faça o melhor macarrão instantâneo ou pinte os mais belos quadros.

Talvez a amamos por simplesmente ser o que é, pelo o que nos representa.
A minha usa unhas vermelhas e cabelos curtos, tem a alma leve, elegância ao se portar e o olhar de menina. Me abraça na hora certa, me diz não por me amar. Me diz sim pra me acalentar.

Caí nesse sentimentalismo todo, talvez pela propaganda da Renner que achei fascinante, ou por ser mesmo sentimental e bobona que ama a mamãe de verdade.