Já estou um tempão querendo fazer esse post, mas sempre aparecem outros textos pra colocar.
Fui indicada duas vezes, por pessoas diferentes, com selos de Blog que vale a pena conferir. Sendo assim tenho que passar a bola.
Indicada pela fofíssima Jaya com o certificado de melhores momentos virtuais.
E pela querida Ana Fernandes com o selo de Vale a pena conferir.
É mágico perceber que distâncias geográficas não fazem a menor diferença no século 21. Tantas pontes que nos separam e, no entanto, tantos sentimentos parecidos que nos colocam de frente.
Num mundo em que ninguém tem tempo pra ninguém, em que cada 5 minutinhos pro outro faz grande diferença, ainda tem gente que tira seu precioso tempo pra ler o que temos pra desabafar em um blog. Pessoas que procuram diminuir o peso do coração e desabafar, nem que seja por palavras.
Então, toquem os tambores, porque os blogs que eu tiro meus cinco minutos pra ler são:
A Jaya
- Ela não tem medo de ser feliz, consegue de maneira simples enxergar um mundo colorido. Expressa seus sentimentos sem exageros do fundo da alma. (Levou o selo de Blog que vale pena conferir)
A Claudinha
– Porque a Cláudia tem uma facilidade incrível de escrever sem rodeios, sua escrita é objetiva, mas não perde a magia. (Certificado Blog)
Ana Fernandes
– Por ser discreta e observadora, gosta de contar as aspirações, medos e sonhos, mesmo que seja em uma história narrada na terceira pessoa. (Certificado Blog)
Tiago
– Por fazer eu sempre dar uma espiadinha em seu blog, pra ver um novo clipe, ouvir uma boa música ou até relembrar uma canção antiga e nostálgica. (Selo vale a pena conferir)
Lilah
- Tem um blog dinâmico e alegre, seus textos são desabafos sinceros do coração. (Selo vale a pena conferir)
Grace
– Apesar do hiatus, é um blog gostoso de ler, e toda vez que eu entro dá vontade de pedir – Grace atualiza! (Certificado Blog)
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Meus 5 minutinhos!
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
3,2,1 – Época de realizações
O começo do ano indica que temos mais 365 dias de superações pela frente. Significa plantar e nem sempre colher, ou plantar e florescer. Significa tentar e nem sempre conseguir, mas acima de tudo, superar e enfrentar.
O ano novo é tipo uma segunda-feira, é aquela data pré-definida pra realizar um feito que a gente vive empurrando pra depois.
É o momento de juntar tudo o que buscamos no papel pra se tornar realidade. É o momento que nossas metas estão envoltas com roupas brancas, brancas, pois queremos que nossos desejos se realizem na mais pura magia.
Com as nuances das cores dos fogos de artifícios, a gente consegue enxergar um ano melhor, é como se eles viessem pra colorir nossos dias. E não adianta ter lido o horóscopo que indicava um ano recheado de conflitos ou acreditar na mulher que leu a linha das nossas mãos, alguma coisa dentro da gente diz que será um perfeito ano.
Depois da contagem regressiva comunitária, está tudo feito, o cronômetro pros ideais já disparou. Deixe os desafios pra segunda-feira, porque é hora de comemorar, desejar e abraçar.
“Todo mundo luta para ser feliz e depois de ser feliz faz o quê?” – Clarice Lispector.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
O antídoto dentro da gente
Sonhar, palavrinha de 6 letras com sentido de imensidão. Talvez não haja no mundo algo melhor para impulsionar nossos dias. Sonhar e acreditar no inesperado é a cama elástica da vida.
Temos sonhos de todos os tipos, sem restrições. Há os mais simples, os de nível intermediário e aqueles engraçados e utópicos. Tem gente que sonha em comer algo exótico, outros mais ousados sonham em conhecer o mundo e as diversas culturas, e os mais ousados ainda, que pretendem tomar o chá das cinco com a rainha Elizabeth e de quebra, ganhar uma bola quadrada.
Há sonhos secretos, sonhos tímidos, sonhos singelos. Há almejos para todos os gostos e tamanhos. Mas nesse mundo não existe regras, é um mundo que você não precisa bater na porta para entrar.
Vivemos atribulados e atarefados no cotidiano, seguimos regras, constituições e respeitamos a hierarquia. Daí, chega à noite, depois de tirar o sapato apertado, a gente se encosta na almofada vermelha do sofá e nos permitimos sonhar. Permitimos imaginar um mundo diferente, uma vida distinta que nos leva pra bem longe da realidade.
Não há uma linha imaginária para esse ato, não há um fim nos degraus da escada que nos leva pro alto, ela continua, continua... Até a gente dizer: Basta!
Temos o antídoto para o cansaço e para o baixo-astral, ele não está nas prateleiras da farmácia, e nem existe um genérico. Ele ta dentro de mim, de você, dentro de nós. Procure que você vai encontrar, e te digo uma coisa, ele não é amargo.
- Mas para que eles existem? (Ela perguntou)
- Pra adocicar a vida da gente. (Eu respondi).
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Aprender a sonhar
No relógio eram exatamente 06h30min da manhã, quando Laura e Ana acordaram. Porém, havia grande diferença no dia de ambas. A começar pelo despertador de Laura, que era antigo e fazia um barulho desafinado. Enquanto o de Ana todo dia a despertava com sua música favorita.
Laura levantava-se rapidamente porque sabia que o dia seria longo e cansativo. Às vezes sentia que o tempo passava depressa demais. Tão depressa que ela mal via a semana passar.
Já Ana, geralmente permanecia mais 5 minutos deitada em sua aconchegante cama, ouvindo o cantarolar dos pássaros que teimavam em fazer serenatas todas às manhãs em sua janela.
Laura colocava calça jeans desbotada e moletom batido, calçava o tênis com a sola furada, mas que ela de maneira inteligente colocou jornais para quando chovesse, não entrasse água.
Ana vestia o uniforme do colégio. Geralmente reclamava, gostaria de poder estrear as novas roupas que comprou no dia anterior. Abria a porta do guarda-roupa e conforme o humor, calçava o tênis de sua preferência.
Laura não tomava café, os pais saiam cedo de casa e quase sempre, estava sozinha. Às vezes até tomava um leite com açúcar, vez ou outra até sobrava um pão amanhecido para preencher o vazio que seu estômago estava tão acostumado a enfrentar.
Ana, depois de uniformizada, sentava a mesa junto aos seus pais. Gostava de variar a refeição, às vezes tomava suco e café, outras uma torrada com geléia de frutas e bolachas recheadas.
Depois do rápido café da manhã, Laura descia a pé o grande morro da sua casa. Para ela, descer era sempre melhor que subir. Ela conseguia sentir um impacto, que parecia que a embalava para superar mais um dia, e só sentia a brisa matinal em seus cabelos.
Já Ana pegava carona com seu pai no luxuoso e silencioso carro. Sintonizava na rádio jovem que tocava suas músicas favoritas.
Até que em uma manhã fria e nublada o carro de Ana parou no semáforo. E uma garota que aparentava ter a mesma idade, bateu no vidro oferecendo balas e flores. Era Laura. O pai de Ana pediu se ela gostaria de comer balas, mas Ana recusou. Por um minuto os olhos das duas garotas se encontraram, por um minuto ambas sentiram-se parte do mesmo mundo.
O sinal abriu, na contramão as garotas voltaram para o universo que as esperavam. Ana foi estudar para ser a futura médica que seu pai tanto sonhara. E Laura foi vender doces para garantir o próximo café da manhã.
De alguma maneira a moça pobre e a rica tinham algo em comum. Ambas aprenderam a sonhar por dias melhores. Todas as noites antes de deitar, Laura e Ana arrumavam o despertador para as 06h30min e faziam preces para que os pedidos fossem atendidos. Pediam tanto, que pegavam no sono com as mãos entrelaçadas. Os entrelaços representavam a força e otimismo que elas depositavam no mundo e no próximo dia que insistia em nascer.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Momentos instantâneos
Dia desses estava vendo um programa de TV que abordava o assunto “vida instantânea”, achei muito bacana, afinal não é todo o programa de televisão que me faz refletir.
Estamos vivendo a era “Chega natal logo”. Conversamos com as pessoas através do Msn, resolvemos trabalhos pendentes e “ouvimos a TV”, tudo ao mesmo tempo. Aliás, tempo não é algo que se tem de sobra ultimamente. Às 24 horas do dia se tornaram poucas comparadas às inúmeras tarefas diárias que temos.
Amizades são deixadas de lado, amores que não tiveram tempo o suficiente de crescerem e amadurecerem juntos, pais que perderam a primeira engatinhada do filho, mães e filhas que deixaram pra outra hora o pedido de desculpas que estava na ponta da língua. Aquele passeio na praia que foi adiado três vezes porque o chefe pediu para fazer hora extra. A bolinha do cachorro que não foi jogada, pois estávamos ocupados retornando uma ligação importantíssima. E a lasanha aos quatro queijos que nunca foi saboreada, porque o macarrão instantâneo era mais rápido de fazer.
A vida profissional acontece, evoluí, conseguimos aparecer naquele famoso quadrinho, somos o funcionário do mês. Chegamos em casa sem a menor pretensão de comemorar, compreensível. A primeira coisa a fazer é deitar na cama pro dia seguinte.
E assim a vida vai passando, até que chega um dia que não estamos nos sentindo bem, surge uma falta de ar, um sintoma angustiante. Os exames detectaram: ESTRESS agudo e muito sedentarismo, o médico pergunta: Mas por que você não fez algum esporte? E a gente responde:“sabe como é doutor, o tempo...”
Dois anos mais tarde a cadeira que ocupamos durante 30 anos está vazia, esperando uma próxima pessoa que provavelmente vai chegar atrasada porque o trânsito estava um caos.
E nós, depois de muito tempo enfim estamos vivendo intensamente. Saboreando a deliciosa lasanha, afagando o cachorro e prestando atenção no que nos dizem. Olhar no olho torna-se fundamental depois de alguns anos.
Eu poderia ficar falando disso horas e horas, mas dá licença que to sem tempo!