domingo, 1 de abril de 2007

A presença que está ausente

  Na sintonia de: Wilson Simoninha - Ter você

48 lugares ocupados. 48 vidas que se contrastam justamente pela diversidade. Nesse lugar as diferenças são nítidas.
Tem o garoto que adora abrir a janela para sentir a brisa em seu rosto. Já ao seu lado, a menina mais contida que prefere a janela fechada para não estragar o penteado.
Mais a frente, o senhor que abotoa a camisa até o colarinho, ele segura com as mãos cansadas o papel da aposentadoria. (ainda tem esperanças de conseguir).
Tem também a pequena menina de tranças com a mochila grande, mal ela sabe que esqueceu de fazer a tarefa pedida pela professora.
No fundo, a garota que veste preto está ouvindo em seu Ipod músicas com letras melancólicas e esperançosas. Os silenciosos corredores são tomados pela música ambiente. O refrão diz alguma coisa do tipo: “nois trupica mas não cái....” ritmo que faz com que a senhora elegante e simpática que está sentada bata seus pés freneticamente, conforme o ritmo da música. (Esse estilo musical fez lembrar dos tempos da juventude).
O garoto intelectual lê revistas de Economia da semana como passatempo. Ali, as horas passam devagar.

Tem o homem que fica na frente de todos. É uma espécie de comandante. A cada curva, consegue demonstrar seu descontentamento com alguma coisa, não se sabe se é com a música ambiente, com seus sapatos apertados ou com a esposa que saiu brigada no café da manhã. Só se sabe que a cada curva raivosa que faz, os 47 que estão atrás se chacoalham todos para a mesma direção.

São 48 lugares ocupados por pessoas diferentes, mas que se igualam por terem os pensamentos em algum lugar lá fora.

“A solidão é invisível. Só é percebida por dentro.”(Martha Medeiros)

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi amor, eu gostei dessa frase "Tem o garoto que adora abrir a janela para sentir a brisa em seu rosto. Já ao seu lado, a menina mais contida que prefere a janela fechada para não estragar o penteado." isso é muito a gente :) eu sempre querendo vento no rosto e tu querendo fechar o vidro pra nao estragar o penteado hahahaha né amor? beijos te amo

Anônimo disse...

Com certeza somos todos diferentes e únicos, mas em cada grupo, algo em comum.
Bjitos!

Cláudia Dezorzi. disse...

Volkmann é triste, hein? :D

mas sabe de uma coisa?
eu adoro pegar o Volkmann qd vou pra Pomerode.
pq pra mim é a chance de botar meus fones de ouvido e pensar na minha vida (sem me importar com as coisas ao meu redor).
acho que isso só acontece pq eu não ando de busão todos os dias, hahahah. se andasse eu ia odiar também.

saudade de passar aqui! tá lindão esse teu layout!
fiquei com injeva :D

:* Carol queridona!

Anônimo disse...

que engraçado, vc não fala no Volkmann em nenhum momento, mas quando li, imaginei um também... hehehe

às vezes, ao ver uma pessoa, a gente nem imagina as alegrias e tristezas que ela traz no coração :D

beijinhossssssssssssssssssssssss