É estranho esse sentimento de não saber navegar por mares tranquilos. Estava acostumada com ondas altas e fortes que me tiravam o ar. Essa onda às vezes me deixava com a adrenalina a mil, oras muito feliz, outras, triste.
A onda me desestabilizava, me derrubava sem dó e passava sobre mim.
Mas de alguma forma eu conseguia levantar, pegar a próxima e sentir novamente a paixão de viver. Eu deslizava. Era intenso. Era difícil.
A onda e eu aprendemos a nos completar. E hoje preciso aprender a viver sem ela. Enquanto não aprendo, reinvento a minha própria onda para mudar o roteiro do meu mar.
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