domingo, 29 de março de 2009

vai demorar?

  Na sintonia de: Eva Cassidy - Fields of gold

Tenho a impressão que os dias passam mais velozes. Não sei se o culpado é olhar que está amadurecendo, ou se aquela ansiedade de criança está dizendo adeus, algo está diferente, porque eu era a pentelha que ao viajar perguntava a cada minuto pro meu pai: Vai demorar?

Distâncias geográficas parecem menores pra mim, não sei se dei corda ao coração também, às vezes ele até acelera, mas constantemente está equilibrado.

Às vezes na calada da noite, na tarde agitada e cinza eu me pergunto, vai demorar pra chegar o sol novamente? Agora preciso encontrar a resposta sozinha, GPS, Atlas, Google. Hoje mal consigo perguntar se vai demorar pra chegar, porque na verdade eu já estou lá.

domingo, 8 de março de 2009

Sonhos a kilômetros de distância

  Na sintonia de: Frejat - 3 minutos



- Quando crescer quero ser jogador de futebol.
- Quando crescer quero ser bailarina.


Talvez a palavra de ordem seja Futuro, na minha opinião a palavra de ordem é EDUCAÇÃO. Não a educação que encontramos no dicionário, aquela ao pé da letra. A educação que é a escada pra jovens se tornarem aquilo que sonharam se tornar. De planos mentalizados saírem das nuvens e viverem a doce realidade.

Pais culpam professores, que culpam as escolas, que culpam o governo estadual, que culpam o federal, que culpam o passado. E a bola de neve continua, as vítimas sonhadoras esquecem como se sonha e se trancafiam na realidade pra todo o sempre.

Dia desses minha mãe que é diretora de uma escola municipal pegou o carro, subiu um alto morro e foi até a casa de um garoto que está prestes a deixar de sonhar, ele que não tem pais, é “cuidado” pelos avós, minha mãe pediu para ele voltar pra escola, concluir o ensino fundamental para conseguir um bom emprego futuramente. O garoto não deu muita bola, mas ouviu tudo atentamente.

Depois de duas semanas das aulas iniciadas, o garoto rondou a escola e timidamente pediu pra minha mãe se podia retornar aos estudos.

Enquanto políticos discutem banalidades, milhares de crianças estão nesse exato momento perdendo a última de chance pra mudar o seu futuro. Jogadores de futebol, bailarinas, aeromoças, bombeiros, muitos farão parte apenas de um sonho, sonhos distantes em morros, praças e periferias que nem o gps vai encontrar.

“Eu não tenho nem mais 1 segundo pra você
Eu não tenho a cabeça no lugar pra te dizer
A gente acha o que procura
Existe sempre um outro alguém”.

Frejat